Gratuidade

Gratuidade

domingo, 27 de abril de 2008

Palavras




O sentimento se faz nas palavras


As palavras reflectem os sentimentos


Quando estamos felizes, contentes


As palavras saem reluzentes.




Quando tristes ficamos, as palavras


De maneira abatida são colocadas


Quando em paz está o coração


As palavras escritas são de oração




Quando por uma dor passando


As palavras são expressadas machucando


Quando numa ira escrevemos


As palavras saem rangendo.




Quando estamos com saudades, saem sem alegria


As palavras escritas têm sabor de nostalgia


Quando escrevemos na solidão


Elas tem o tom de desilusão.


Autor: Ataíde

domingo, 13 de abril de 2008

Reencontro!!!


Para a conversão de uma alma é

necessário que o homem

se conheça a si mesmo,

para se ver olhos nos olhos.
Autor desconhecido

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Verdade!!!

"A distância mais longa é aquela entre a cabeça e o coração".
Autor: Thomas Merton

domingo, 6 de abril de 2008

(In)compreender!!!!


No Fundo do Ser
Acreditar é Crer...
No amor por todos,
amor que está em cada um de nós!!

A cabeça confunde o coração;
O coração atrapalha a Razão.
A razão de cada um
é posta em causa por todos e por Ti...

A confusão instalou-se
que animo pode suportar
o desastre do Ser;
por mais que queira erguer-se não consegue.
É difícil... é difícil amar...
é difícil aceitar... é difícil perceber!!!

Porquês... são tantas vezes colocados,
questões do coração
e da razão.
Razão embriagada e entorpecida.

O medo instala-se por cada
sentimento de solidão
e de irritação.

Amar é sofrer;
Já alguém disse... Como muitas vezes se prefere não amar para não sofrer...

Por isso digo...
caminho sem ver o caminho,
ensombrado por muitas sombras e pela noite da incompreensão.

Caminhante Andante

A Hora da Morte

De todas as certezas que pode ter o ser humano, a morte é sem dúvida uma delas.
Quem nasce já está fadado à morte.
Mensageira estranha, por vezes, abraça antes os mais jovens e os mais sadios, deixando para trás idosos e doentes.
Contudo, sempre chega. Paradoxalmente, é um dos assuntos que quase toda gente evita tocar. É por isso mesmo que, quando chega, sempre surpreende. Também por esse motivo, muitas lágrimas são derramadas sobre os túmulos. Lágrimas que se casam a exclamações como: "Ah, se eu soubesse que era o seu último dia! Se eu soubesse que ele iria morrer, não teria sido tão mau! Se eu soubesse que ele partiria tão cedo, teria abraçado mais, dito como o amava, sido melhor para ele." Por tudo isso, é bom considerar que nossa existência é muito efémera. Hoje estamos aqui, amanhã poderemos não nos encontrar mais deste lado da vida.
O ser amado que se despede para o trabalho diário, pode não retornar. A criança que corre pela rua, rumo à escola, pode não voltar para casa. Como a irmã daquele menino de apenas 10 anos. Ele entrou em casa e chamou pela mãe. Ela estava no quarto, sentada, quieta. "A tua irmã morreu esta manhã, Michael." - Foi o que disse. O conceito de morte não tinha um significado concreto para aquele rapazito. Durante muito tempo ele perguntava à mãe: "ela vai voltar? Porque é que ela teve de morrer?" E ficava em frente à casa, esperando que o autocarro escolar a trouxesse de volta. Entrava no quarto dela e apanhava a sua pasta escolar. Tudo estava bem arrumado - os cadernos de um lado, os livros do outro, o estojo de lápis no meio. A faixa preta de elástico que ela usava nos cabelos quando foi para o colégio naquela manhã. Depois, devolvia tudo certinho no seu lugar. Perguntava-se, se a irmã ficaria zangada por ele ter mexido nas suas coisas. O que ele realmente jamais esqueceria foi o que aconteceu duas noites antes da irmã morrer. Ele esperou o autocarro que a trazia da escola. Estava preocupada. Esquecera de um trabalho de arte que devia entregar no dia seguinte. Ele foi-a ajudar e juntos fizeram 12 borboletas coloridas, de antenas enroladas e asas triangulares. No dia em que ela morreu, ele estranhamente despertou mais cedo. Observou-a arranjando-se para a escola. Como o vão da escada no prédio era muito escuro, ele ficou segurando a porta aberta para que a luz do apartamento a ajudasse ver os degraus. Uma das mãos dela segurava a pasta, a outra balançava, enquanto descia os degraus. Estava de uniforme azul. Tinha só 14 anos. E suas últimas palavras para Michael foram: "Até logo, irmão."
Passadas mais de 4 décadas, Michael ainda guarda a lembrança da sua irmã. Quando vê uma borboleta, recorda de imediato daquele último trabalho que fizeram juntos. E espera. Porque, um dia, ele também fará essa viagem para o grande além.
Nesse dia, finalmente, ele a verá outra vez.

Silêncio

Em silêncio,
na escuridão desta gruta encravada
em meus rochedos,
interiorizo sentimentos
vou tacteando
em meu cinza desencantado
– pesadelos
–Tenho medo!!!!
- Quem não os tem?
-Uma réstia lunar espreme-se entre escarpas
a escalada às estrelas é íngreme
e vejo-as, contudo, colorindo o cosmo
da minha noite.
Meu, eu mais íntimo
repete incessantemente,
em tom lamentoso
confiar
confiar
confiar ....
Em quem...?

Águas límpidas sussurrantes
deslizam por minhas veias
como runas
e respondem
Só no sorriso de uma criança
e no ancião jardineirodos meus jardins mais secretos.
Autor desconhecido